quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Rendição

Agora para me redimir faço dois posts de uma vez, fiquei tanto tempo longe daqui, não é?
Escrevi de novo um poema que não é meu, eu pelo menos não da minha parte consciente, não sei o que significa, nem me perguntem. Também não tem título, talvez eu dia eu reúna todos os meus poemas e contos e entitule todos eles (entitule, que raio de palavra estranha), mas hoje não. Então lá vai.

Eu me lembro como se fosse ontem
Do beijo que nunca aconteceu
Das suas mãos que nunca me tocaram
De alguém que não era eu.

Haviam cores disformes
Haviam vozes sussurradas
Uma aquarela de sabores
Palavras silenciadas.

De um pequeno paradoxo
Estamos à mercê
E o culpado disso tudo sou eu?
É você?

Eu esqueci quem eu era
Por um curto período de tempo
Já chorei, já sorri, já senti
Agora sou apenas vento.

Voe! Voe! Vá sem mim!
Não devo te prender mais
Quem sabe um dia não te acompanho?
Mas hoje, aqui é o meu lugar.
(sem título)



(Esse diabo das rimas pobres!)

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